Dia nacional do Idoso – Viva a Envelhescência!
Em homenagem ao Dia Nacional do Idoso, comemorado no dia 1º de Outubro, trouxemos este post reflexivo sobre a velhice e como viver a envelhescência. Além disso, também trouxemos uma ótima dica de documentário.
E aí você já se perguntou como é ser velho?
Será que os idosos têm muitas dores, sofrem por não serem mais jovens ou se perguntam a todo o momento quando irão partir? Estas questões estão se tornando cada vez menos frequentes na mente das pessoas com idade mais avançada, já que tivemos uma evolução da ciência e, logo, da longevidade humana como consequência.
Como abordou o médico gerontólogo, dr. Alexandre Kalache, durante o documentário Envelhescência – Um novo olhar sobre o envelhecimento, lançado em 2015, o corpo humano, que antes estava preparado para viver apenas 60 anos, agora está se modificando para viver 80, 90 anos, e contando com todo o sistema interno em pleno funcionamento.
O doutor ainda afirma “Essa revolução é completa não só do ponto de vista individual, ‘Como é que eu vou me preparar para essa longevidade?’, mas é social, porque tem um impacto em tudo o que acontece. Eu diria que a maior transformação do século XXI, vai ser como a gente se prepara para essa longevidade para qual nós não estávamos preparados antes”.
Por conta dessa revolução dos nossos corpos, muitas pessoas mais velhas, que antes tinham pensamentos mais melancólicos sobre a vida e o avançar da idade, hoje já estão pensando com mais vivacidade sobre a própria vida e parando de se lamentar pelo tempo que já passou.
Agora os velhos se fazem outras perguntas como “O que vou planejar para o próximo mês/ano?”, “Será que faço aquela viagem?”, “O que seria melhor, me mudar ou reformar meu apartamento?”, “Acho que vou me inscrever em uma nova atividade, qual devo escolher?”, “Qual será o tema da minha próxima festa de aniversário?”.
O que é Envelhescência?
O termo Envelhescência não foi citado atoa neste texto. Além de ser o título do documentário que sugerimos, ele remete ao período que toda pessoa passa entre os 45 e 65 anos.
O sociólogo Manoel Berlinck, criador dessa expressão, compreende que essa fase da envelhescência é semelhante à adolescência, porém ao invés de ser uma criança caminhando para se tornar adulto, é um adulto que está iniciando a transição para a velhice.
A velhice além da idade.
A envelhescência não se trata apenas da transição para ser uma pessoa idosa. O que queremos abordar aqui vai além da idade.
Homens e mulheres quando se tornam idosos, muitas vezes pensam que têm poucas escolhas para fazer durante a vida, chegando até a atribuírem para si características genéricas de uma pessoa velha.
Infelizmente, todos nós, seja criança, jovem ou adulto tende a imaginar que uma pessoa idosa tem as mesmas características.
Vamos fazer um exercício de imaginação neste momento: ao pensar em uma idosa o que você imagina?
Talvez você tenha imaginado uma senhora de cabelos brancos, sentada em sua cadeira de balanço fazendo tricô, por exemplo.
E quando você pensa em um senhor idoso? Você visualizou um velhinho sentado sozinho no banco de uma praça, jogando milho para os pombos?
Se você pensou algo diferente dessas duas caracterizações de uma pessoa idosa, ótimo! Isso quer dizer que sua mente já está moldada para aceitar que os idosos podem e devem ter características e vivências diferentes. Tendo uma vida livre de preconceitos por conta da sua idade.
Porém, o que ocorre normalmente é exatamente o contrário. Nós nos esquecemos ou não percebemos que os velhos têm alternativas e que existem inúmeras formas de se viver a velhice.
Os velhos vivem como querem!
Atualmente, os mais velhos estão escolhendo viver de forma diferente. Muitos até fazem atividades que nem poderiam realizar quando eram jovens e tinham responsabilidades da cuidar da casa ou da família.
Como abordou o filósofo Mário Sérgio Cortella, no documentário Envelhescência, “Nós tivemos não só um avanço na idade média da população, como tivemos também o maior avanço da individualidade. Isto é, da liberdade de se comportar como entenda mais adequado”.
Ser velho é lindo!
É fato que a velhice não é um status que se escolhe. Ela chega para todos, porém é possível acolhe-la ou não.
Como apontou a antropóloga Mirian Goldenberg, em seu relato durante o documentário, o tempo e a liberdade se tornaram os maiores capitais dos velhos, pois quando a pessoa chega a velhice e continua sendo ela mesma, independentemente da idade, das marcas do tempo na pele ou das limitações físicas, o mais importante é saber como viver a velhice e vivê-la como bem entendermos.
A antropóloga ainda comenta sobre seu aprendizado com o livro “A velhice” de Simone de Beauvoir. Ela alega que, é muito importante ter um projeto de vida, uma vida com significado e não desistir dos próprios desejos, somente assim, é possível passar pela envelhescência e de fato viver a velhice com plenitude.
Mirian afirma que a única categoria social que todo mundo é, é velho, seja hoje ou amanhã. Ela também propõe “A minha luta é que a gente comece a enxergar a velhice em toda a sua beleza.”.
Viva a sua envelhescência!
Esperamos que com esse post, você pense melhor sobre as suas escolhas e use seu tempo como uma dádiva. Para todos os lindos senhores e senhoras velhos, não se esqueçam que seus planos são importantes e merecem ser vividos.
Para inspirar ainda mais vocês, queridos leitores, sugerimos que assistam o documentário completo do qual tanto falamos durante este post. Ele está disponível logo abaixo: Envelhescência – Um novo olhar sobre o envelhecimento. Cada segundo dele irá proporcionar um aprendizado único sobre como se pode viver a velhice sem medo e como enxergar a beleza da vida. Com certeza vale a pena conferir.
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