Doenças do Sangue e a importância da doação
O sangue é um dos componentes mais vitais do corpo humano, através dele é feito o transporte de oxigênio e nutrientes, regulação da temperatura corporal e até atua na defesa contra infecções. E como qualquer outro sistema do corpo, o sangue também está sujeito a diversas doenças.
As doenças do sangue, ou doenças hematológicas, englobam uma vasta gama de condições que afetam os componentes do sangue, incluindo glóbulos vermelhos, glóbulos brancos, plaquetas e o plasma.
Neste post, vamos explorar algumas das principais doenças do sangue, seus sintomas, diagnósticos e tratamentos, além de discutir a importância crucial da doação de sangue.
Anemia
A Anemia é uma das doenças mais comuns do sangue. Ela se caracteriza pela diminuição do número de glóbulos vermelhos ou pela quantidade insuficiente de hemoglobina no sangue. A hemoglobina é a proteína responsável pelo transporte de oxigênio para os tecidos do corpo.
Tipos de Anemia:
- Anemia Ferropriva: Causada pela deficiência de ferro, que é essencial para a produção de hemoglobina.
- Anemia Megaloblástica: Resulta da deficiência de vitamina B12 ou ácido fólico.
- Anemia Aplástica: Ocorre quando a medula óssea não produz células sanguíneas suficientes.
- Anemia Hemolítica: Caracterizada pela destruição prematura dos glóbulos vermelhos.
Alguns sintomas comuns da anemia são:
– Fadiga
– Palidez
– Falta de ar
– Tontura
– Palpitações
Diagnóstico e Tratamento
É importante saber a causa da anemia e qual o tipo, só a partir do diagnóstico o tratamento será ministrado adequadamente. O diagnóstico é geralmente feito através de exames de sangue que medem os níveis de hemoglobina e a contagem de glóbulos vermelhos. O paciente anêmico pode ter que receber suplementos de ferro, vitamina B12, ácido fólico, medicamentos para suprimir o sistema imunológico ou até transfusões de sangue em casos graves.
Doença de Von Willebrand
A Doença de von Willebrand (DvW) é um distúrbio de coagulação sanguínea hereditário causado pela deficiência ou disfunção do fator VIII. Ela foi descrita pela primeira vez em 1926 por Eric Adolf von Willebrand, médico finlandês, como “pseudo-hemofilia”, quando foi identificada uma diminuição do fator VIII da coagulação do sangue em 24 dos 66 pacientes da uma mesma família.
Na década seguinte, estudos mostraram que a doença era causada por uma deficiência de um fator plasmático, nomeado Fator de von Willebrand, necessário para manter a coagulação do sangue e também os níveis normais do fator VIII plasmático.
Sintomas causados pela Doença de Von Willebrand:
– Sangramentos nasais frequentes
– Sangramento excessivo após cortes ou cirurgias
– Menstruação intensa nas mulheres
Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico envolve testes sanguíneos específicos para medir a quantidade e a função do fator VIII e do Fator de von Willebrand (FvW).
O tratamento pode ser feito por meio de reposição do FvW, quando necessário através de transfusão de sangue. Em algumas situações são administrados medicamentos. Os pacientes devem ser tratados quando há hemorragias ou se forem submetidos a procedimentos como: cirurgias ou extração dentária.
Hemofilia
A Hemofilia é uma doença que promove um distúrbio genético que afeta a capacidade do sangue de coagular corretamente. O sangue ao se formar com erro de sequenciamento, gera ao corpo uma deficiência em uma das proteínas responsáveis pela coagulação.
Essa doença pode se apresentar em dois tipos:
- Hemofilia A: Deficiência do fator VIII de coagulação.
- Hemofilia B: Deficiência do fator IX de coagulação.
Os sintomas da Hemofilia são:
– Sangramento excessivo após cortes ou lesões
– Hematomas fáceis
– Sangramento espontâneo nas articulações e músculos
Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico é feito através de exames de sangue específicos para medir os níveis dos fatores de coagulação e o tratamento envolve a reposição dos fatores de coagulação deficientes, geralmente através de infusões intravenosas.
Leucemia
A Leucemia é uma das doenças do sangue mais severa. Ela é um tipo de câncer dos tecidos formadores de sangue, incluindo a medula óssea e o sistema linfático. Caracteriza-se pela produção anormal de glóbulos brancos.
Tipos de Leucemia:
- Leucemia Linfocítica Aguda (LLA): Afeta as crianças prioritáriamente.
- Leucemia Linfocítica Crônica (LLC): Geralmente afeta adultos.
- Leucemia Mielóide Aguda (LMA): Pode ocorrer em qualquer faixa etária.
- Leucemia Mielóide Crônica (LMC): Mais comum em adultos.
Confira os sintomas da Leucemia:
– Febre ou calafrios
– Fadiga persistente
– Infecções frequentes
– Perda de peso
– Dor nos ossos ou articulações
Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico é confirmado através de exames de sangue e biópsia da medula óssea. Já o tratamento pode incluir quimioterapia, radioterapia, transplante de medula óssea e, em alguns casos, terapias direcionadas com medicamentos específicos.
Linfoma
O Linfoma é um tipo de câncer que se origina nos linfócitos. Estes linfócitos são encontrados dentro dos linfonodos que estão por todo o corpo, eles têm a função de filtrar, reconhecer e combater moléculas estranhas e agentes infecciosos. Os linfócitos são como um tipo o de glóbulo branco que faz parte do sistema imunológico do nosso corpo.
Existem dois principais tipos de linfoma: Hodgkin e não-Hodgkin. Saiba os sintomas causados são pelo linfoma:
– Aumento dos linfonodos
– Suor noturno
– Perda de peso inexplicada
– Coceira
– Fadiga
Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico geralmente envolve uma combinação de exames de imagem, biópsia de linfonodo e exames de sangue. O tratamento pode incluir quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e, em alguns casos, transplante de células-tronco.
Talassemia
A Talassemia ou Anemia Mediterrânea, é um grupo de distúrbios hereditários que afetam a produção de hemoglobina. Existem dois tipos principais: alfa-talassemia e beta-talassemia, dependendo da parte da molécula de hemoglobina que é afetada.
Os sintomas são:
– Anemia
– Fadiga
– Palidez
– Icterícia
– Crescimento retardado em crianças
Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico é feito através de exames de sangue e análise genética. O tratamento pode incluir transfusões de sangue regulares, suplementação de ácido fólico, quelantes de ferro (substâncias ativas capazes de se ligar ao ferro) para evitar sobrecarga de ferro e, em casos graves, transplante de medula óssea.
Anemia Falciforme
A Anemia Falciforme é uma doença genética e hereditária que afeta a forma dos glóbulos vermelhos. Em vez de serem redondos e flexíveis, os glóbulos vermelhos em pessoas com anemia falciforme são rígidos e em forma de foice ou meia-lua. Essa deformidade faz com que os glóbulos vermelhos se aglutinem e obstruam os vasos sanguíneos, prejudicando o fluxo de oxigênio para várias partes do corpo.
Os sintomas da Anemia Falciforme podem variar de pessoa para pessoa e podem incluir:
– Crises de dor
– Anemia crônica
– Fadiga
– Icterícia
– Inchaço nas mãos e nos pés
– Problemas de crescimento em crianças
– Infecções frequentes
Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico geralmente feito através de um exame de sangue chamado eletroforese de hemoglobina, que identifica a presença da hemoglobina S, uma forma anormal de hemoglobina associada à doença. O teste do pezinho, realizado em recém-nascidos, também pode detectar a anemia falciforme.
Não há cura universal para essa doença, infelizmente. Hoje em dia há diversos tratamentos podem ajudar a controlar os sintomas e reduzir as complicações.
Importância da doação de sangue para os portadores
de doenças hematológicas
A doação de sangue é um ato de solidariedade que salva vidas. Muitas das doenças hematológicas mencionadas, como as Anemias severas, Leucemia e Talassemia, frequentemente necessitam de transfusões de sangue como parte do tratamento. Até hemorragias agudas decorrentes de traumas ou cirurgias também podem requerer transfusões imediatas.
Pacientes com anemia falciforme, em particular, podem necessitar de transfusões de sangue regulares para prevenir complicações graves, como crises de dor severas e acidentes vasculares cerebrais. Essas transfusões ajudam a fornecer glóbulos vermelhos saudáveis e a reduzir a concentração de hemoglobina falciforme no sangue, melhorando a qualidade de vida e aumentando a expectativa dos pacientes.
Ao doar sangue, você não só está ajudando pacientes a sobreviver, está transformando a vida deles. Com doações recorrentes você também contribui para a manutenção de um estoque adequado de sangue nos bancos de sangue. Este gesto simples e altruísta pode fazer toda a diferença para quem precisa.
Se você está com boa saúde e não possui nenhuma doença que ofereça risco a si próprio ou às pessoas que irão receber sua doação, considere se tornar um doador de sangue e a fazer isso regularmente como uma maneira de contribuir positivamente para a saúde e bem-estar da sua comunidade.
Doar sangue é doar vida. Faça parte dessa corrente do bem e ajude a transformar a vida de muitos.
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