Cordões de Acessibilidade das Doenças Invisíveis

A imagem mostra os três tipos de Cordões de Acessibilidade: o cordão quebra-cabeça, cordão do infinito e o cordão de girassol.

Você já deve ter visto alguém usando um cordão no pescoço com o tema de girassol ou quebra-cabeças, não é mesmo? Estes são alguns dos tipos de Cordões de Acessibilidade das Doenças Invisíveis.

As doenças invisíveis ou ocultas, são condições médicas que afetam significativamente a vida dos portadores e sem apresentar sintomas externos visíveis. Entre elas estão as doenças crônicas, autoimunes e aquelas referentes a condições mentais.

Neste post trouxemos informações sobre a história da criação desses cordões, quais as condições para uso e os direitos que os portadores possuem. A partir deste artigo buscamos melhorar a compreensão e o tratamento das pessoas que portam doenças ocultas.

História dos Cordões de Acessibilidade

Mão de homem jovem e branco levantada mostrando o cordão de girassol (um dos Cordões de Acessibilidade), por de trás desfocado há um ambiente de sala de espera de um aeroporto.

Os cordões de acessibilidade, das doenças ocultas são uma inovação relativamente recente. O primeiro e mais conhecido deles, foi o Cordão de Girassol, criado em 2016 no Aeroporto de Gatwick, no Reino Unido. A ideia surgiu como uma forma de identificar passageiros com necessidades não visíveis para oferecer assistência de maneira discreta e eficiente. O sucesso da iniciativa no aeroporto levou outros setores, como supermercados, hospitais e serviços públicos, a aderirem a ideia. 

O Cordão de Girassol se destaca por sua simplicidade e eficácia. O cordão possuí fundo verde decorado com girassóis. Através desse cordão, funcionários treinados conseguem identificar e oferecer apoio a pessoas que possam precisar de ajuda adicional cuja condição não é aparente à primeira vista.

Homem jovem e branco com blusa de manga comprida preta usando o cordão quebra-cabeça (um dos Cordões de Acessibilidade).
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O Cordão Quebra-Cabeça foi criado com o objetivo de representar as dificuldades de compreensão das pessoas com Transtornos do Espectro Autista (TEA). Infelizmente a comunidade autista não ficou muito satisfeita com este símbolo e muitos passaram a enxergar o quebra-cabeça como uma analogia para aqueles que “não se encaixam na sociedade”.

Apesar das opiniões divergentes esse cordão ainda é muito utilizado por pessoas que possuem TEA ou por seus responsáveis. Também é comum encontrar esse símbolo em placas de filas prioritárias e em locais onde há acessibilidade para esse público.

Pulso de uma pessoa branca mostra dois cordões do infinito (um dos tipos de Cordões de Acessibilidade), cada um com uma seta descrevendo-o: Infinito fundo branco e Infinito fundo preto.
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O Cordão do Infinito, conhecido como o logotipo da neurodiversidade, também é usado como o símbolo do Dia do Orgulho Autista (18 de junho). Esse cordão foi desenvolvido pelo próprio público autista, que usou o sinal do infinito com cores do arco-íris para representar a diversidade entre aqueles que estão dentro do espectro autista, mesmo tendo semelhanças neurológicas entre elas. 

Condições para uso do Cordão de Acessibilidade 

Os cordões de acessibilidade são destinados a indivíduos que detenham uma ou mais condições invisíveis. Entre elas estão:

Diabetes – Necessidade de atenção especial em caso de hipoglicemia ou hiperglicemia. 

Artrite Reumatoide – Mobilidade limitada que pode não ser visível. 

Fibromialgia – Dor crônica e fadiga que afetam a capacidade de realizar atividades cotidianas. 

Lúpus – Sensibilidade ao sol, dor nas articulações e fadiga extrema. 

Esclerose Múltipla – Sintomas que variam de fadiga a problemas de mobilidade e visão. 

Transtorno do Espectro Autista – Dificuldades de comunicação e interação social que podem não ser evidentes. 

Ansiedade – Necessidade de ambientes calmos e apoio em situações estressantes. 

Síndrome de Tourette e Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) – Necessidades de ajustes em ambientes de trabalho e educação. 

Epilepsia – Necessidade de assistência imediata em caso de crise. 

Doença de Crohn e Colite Ulcerativa – Urgência em acessar banheiros devido a problemas digestivos. 

Direitos dos Portadores dos Cordões de Acessibilidade 

Mãos femininas jovens e morena, mostram uma placa de balcão onde indica todos os símbolos das pessoas que possuem atendimento prioritário.
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Os portadores dos cordões de acessibilidade têm direitos que visam garantir sua segurança e bem-estar. Esses direitos podem variar dependendo do país e da instituição. Veja alguns exemplos mais comuns:

Aeroportos e Transportes Públicos dão acesso prioritário em filas e assistência extra durante o embarque e desembarque. 

Supermercados e Lojas oferecem atendimento prioritário e acesso a áreas reservadas para evitar aglomerações e estresse. 

Eventos Públicos garantem entrada facilitada e áreas reservadas para evitar longas esperas e situações potencialmente exaustivas. 

Escolas e Universidades formulam adaptações no ambiente de aprendizagem, como tempo adicional para exames e materiais de apoio. 

Ambiente de Trabalho tende a ajustar o local, fornecendo horários flexíveis e dando permissão para pausas adicionais. 

Hospitais e Clínicas, reconhecem de imediato as necessidades específicas dos portadores e adequam o atendimento para garantir conforto e eficácia no tratamento. 

Emergências Médicas possuem profissionais que identificam rapidamente as necessidades para acelerar a prestação dos cuidados e evitar complicações. 

Impacto dos Cordões de Acessibilidade na Sociedade

Mãos negras abertas sobre uma mesa branca e à sua frente há ícones esculpidos de pessoas com suas diferentes características: da esquerda para a direita tem uma mulher, um homem idoso com uma bengala, uma pessoa com obesidade, um cadeirante, uma mulher grávida, um homem, uma mulher com nanismo, um menino (criança) e um mulher com deficiência visual usando uma bengala.

Os cordões de acessibilidade tiveram um impacto significativo na vida dos portadores de doenças invisíveis. Os cordões não são apenas um meio de identificação, eles também aumentam a conscientização sobre essas condições das doenças invisíveis, promovendo uma sociedade mais inclusiva e compreensiva. A aceitação e a adoção dos cordões em diferentes setores têm crescido exponencialmente, refletindo um movimento global em direção à inclusão e acessibilidade.

Desafios e Futuro dos Cordões de Acessibilidade 

Apesar do sucesso e da aceitação dos cordões de acessibilidade, ainda existem desafios a serem enfrentados. A principal dificuldade é garantir que todos os funcionários em setores relevantes sejam adequadamente treinados para reconhecer e responder às necessidades dos portadores dos cordões.

Outro ponto importante é a questão da privacidade e do estigma. Através da inclusão os indivíduos portadores das doenças ocultas não devem se sentir desconfortáveis em usar uma identificação sobre sua condição.

Para o futuro, espera-se que a conscientização continue a crescer e que mais setores adotem o uso dos cordões. Inovações tecnológicas, como a integração com aplicativos de smartphones, podem oferecer mais formas de identificação e suporte. Outra proposta interessante seria de promover campanhas de educação pública são essenciais para garantir que a sociedade em geral compreenda e respeite as necessidades dos portadores de doenças invisíveis. 

Esta imagem representa a diversidade e a inclusão na sua forma mais pura, com quatro crianças felizes e sorrindo. Todas estão usando blusas pintadas com tinta e mostrando as mãos abertas sujas de tintas coloridas. As crianças possuem características diferentes, sendo um menino negro, uma menina ruiva, um menino loiro com Síndrome de Down e uma menina asiática.

Os cordões de acessibilidade das doenças invisíveis representam um passo importante na promoção de uma sociedade mais inclusiva e compreensiva. Eles oferecem um meio simples e eficaz de identificar e apoiar pessoas com condições que não são visíveis, melhorando significativamente sua qualidade de vida. À medida que a aceitação desses cordões continua a crescer, é crucial que a educação e a conscientização acompanhem esse progresso, garantindo que todos compreendam e respeitem as necessidades dos portadores de doenças invisíveis.

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  1. Crédito da imagem – loja Portal da 25 de Março disponível na amazon.com.br ↩︎
  2. Crédito da imagem – loja Biscoito ou Bolacha https://biscoitooubolacha.com/ ↩︎
  3. Créditos da imagem – Jornal O Norte https://jornalonorte.com.br/ ↩︎
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