Você já deve ter visto alguém usando um cordão no pescoço com o tema de girassol ou quebra-cabeças, não é mesmo? Estes são alguns dos tipos de Cordões de Acessibilidade das Doenças Invisíveis.
As doenças invisíveis ou ocultas, são condições médicas que afetam significativamente a vida dos portadores e sem apresentar sintomas externos visíveis. Entre elas estão as doenças crônicas, autoimunes e aquelas referentes a condições mentais.
Neste post trouxemos informações sobre a história da criação desses cordões, quais as condições para uso e os direitos que os portadores possuem. A partir deste artigo buscamos melhorar a compreensão e o tratamento das pessoas que portam doenças ocultas.
História dos Cordões de Acessibilidade
Cordão de Girassol
Os cordões de acessibilidade, das doenças ocultas são uma inovação relativamente recente. O primeiro e mais conhecido deles, foi o Cordão de Girassol, criado em 2016 no Aeroporto de Gatwick, no Reino Unido. A ideia surgiu como uma forma de identificar passageiros com necessidades não visíveis para oferecer assistência de maneira discreta e eficiente. O sucesso da iniciativa no aeroporto levou outros setores, como supermercados, hospitais e serviços públicos, a aderirem a ideia.
O Cordão de Girassol se destaca por sua simplicidade e eficácia. O cordão possuí fundo verde decorado com girassóis. Através desse cordão, funcionários treinados conseguem identificar e oferecer apoio a pessoas que possam precisar de ajuda adicional cuja condição não é aparente à primeira vista.
Cordão Quebra-Cabeça
O Cordão Quebra-Cabeça foi criado com o objetivo de representar as dificuldades de compreensão das pessoas com Transtornos do Espectro Autista (TEA). Infelizmente a comunidade autista não ficou muito satisfeita com este símbolo e muitos passaram a enxergar o quebra-cabeça como uma analogia para aqueles que “não se encaixam na sociedade”.
Apesar das opiniões divergentes esse cordão ainda é muito utilizado por pessoas que possuem TEA ou por seus responsáveis. Também é comum encontrar esse símbolo em placas de filas prioritárias e em locais onde há acessibilidade para esse público.
Cordão do Infinito
O Cordão do Infinito, conhecido como o logotipo da neurodiversidade, também é usado como o símbolo do Dia do Orgulho Autista (18 de junho). Esse cordão foi desenvolvido pelo próprio público autista, que usou o sinal do infinito com cores do arco-íris para representar a diversidade entre aqueles que estão dentro do espectro autista, mesmo tendo semelhanças neurológicas entre elas.
Condições para uso do Cordão de Acessibilidade
Os cordões de acessibilidade são destinados a indivíduos que detenham uma ou mais condições invisíveis. Entre elas estão:
Doenças Crônicas –
Diabetes – Necessidade de atenção especial em caso de hipoglicemia ou hiperglicemia.
Artrite Reumatoide – Mobilidade limitada que pode não ser visível.
Fibromialgia – Dor crônica e fadiga que afetam a capacidade de realizar atividades cotidianas.
Doenças Autoimunes –
Lúpus – Sensibilidade ao sol, dor nas articulações e fadiga extrema.
Esclerose Múltipla – Sintomas que variam de fadiga a problemas de mobilidade e visão.
Condições Mentais e Neurológicas –
Transtorno do Espectro Autista – Dificuldades de comunicação e interação social que podem não ser evidentes.
Ansiedade – Necessidade de ambientes calmos e apoio em situações estressantes.
Síndrome de Tourette e Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) – Necessidades de ajustes em ambientes de trabalho e educação.
Outras Condições Invisíveis –
Epilepsia – Necessidade de assistência imediata em caso de crise.
Doença de Crohn e Colite Ulcerativa – Urgência em acessar banheiros devido a problemas digestivos.
Direitos dos Portadores dos Cordões de Acessibilidade
Os portadores dos cordões de acessibilidade têm direitos que visam garantir sua segurança e bem-estar. Esses direitos podem variar dependendo do país e da instituição. Veja alguns exemplos mais comuns:
Acesso Prioritário e Assistência:
Aeroportos e Transportes Públicos dão acesso prioritário em filas e assistência extra durante o embarque e desembarque.
Supermercados e Lojas oferecem atendimento prioritário e acesso a áreas reservadas para evitar aglomerações e estresse.
Eventos Públicos garantem entrada facilitada e áreas reservadas para evitar longas esperas e situações potencialmente exaustivas.
Apoio Educacional e Profissional:
Escolas e Universidades formulam adaptações no ambiente de aprendizagem, como tempo adicional para exames e materiais de apoio.
Ambiente de Trabalho tende a ajustar o local, fornecendo horários flexíveis e dando permissão para pausas adicionais.
Assistência Médica:
Hospitais e Clínicas, reconhecem de imediato as necessidades específicas dos portadores e adequam o atendimento para garantir conforto e eficácia no tratamento.
Emergências Médicas possuem profissionais que identificam rapidamente as necessidades para acelerar a prestação dos cuidados e evitar complicações.
Impacto dos Cordões de Acessibilidade na Sociedade
Os cordões de acessibilidade tiveram um impacto significativo na vida dos portadores de doenças invisíveis. Os cordões não são apenas um meio de identificação, eles também aumentam a conscientização sobre essas condições das doenças invisíveis, promovendo uma sociedade mais inclusiva e compreensiva. A aceitação e a adoção dos cordões em diferentes setores têm crescido exponencialmente, refletindo um movimento global em direção à inclusão e acessibilidade.
Desafios e Futuro dos Cordões de Acessibilidade
Apesar do sucesso e da aceitação dos cordões de acessibilidade, ainda existem desafios a serem enfrentados. A principal dificuldade é garantir que todos os funcionários em setores relevantes sejam adequadamente treinados para reconhecer e responder às necessidades dos portadores dos cordões.
Outro ponto importante é a questão da privacidade e do estigma. Através da inclusão os indivíduos portadores das doenças ocultas não devem se sentir desconfortáveis em usar uma identificação sobre sua condição.
Para o futuro, espera-se que a conscientização continue a crescer e que mais setores adotem o uso dos cordões. Inovações tecnológicas, como a integração com aplicativos de smartphones, podem oferecer mais formas de identificação e suporte. Outra proposta interessante seria de promover campanhas de educação pública são essenciais para garantir que a sociedade em geral compreenda e respeite as necessidades dos portadores de doenças invisíveis.
Os cordões de acessibilidade das doenças invisíveis representam um passo importante na promoção de uma sociedade mais inclusiva e compreensiva. Eles oferecem um meio simples e eficaz de identificar e apoiar pessoas com condições que não são visíveis, melhorando significativamente sua qualidade de vida. À medida que a aceitação desses cordões continua a crescer, é crucial que a educação e a conscientização acompanhem esse progresso, garantindo que todos compreendam e respeitem as necessidades dos portadores de doenças invisíveis.
Gostou desse conteúdo? Venha conferir muitos outros assuntos interessantes em nosso Blog Vileve. Aproveite para nos seguir nas redes sociais: @vileveoficial (Instagram) e Vileve Assistência Familiar (Facebook).